quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

As minhas relações com os outros

«Tu e eu partilhamos uma relação que aprecio e quero conservar. No entanto, cada um de nós é uma pessoa diferente, com as suas próprias necessidades e o direito de as satisfazer.

Quando tiveres dificuldades para satisfazer as tuas necessidades, tratarei de escutar-te e de te ajudar dentro das minhas possibilidades, para que encontres as tuas soluções sem depender das minhas. Do mesmo modo, tratarei de respeitar o teu direito a escolher as tuas próprias crenças e desenvolver os teus valores, embora sejam diferentes dos meus.

Se o teu comportamento interfere na satisfação das minhas necessidades, comunicar-te-ei aberta e sinceramente de que maneira me afecta a tua conduta, confiando em que tu me compreendas e ajudes o mais possível. Também, quando algum dos meus actos seja inaceitável, espero que me digas com franqueza os teus sentimentos. Escutar-te-ei e tratarei de mudar.

Nas ocasiões em que descubramos que nenhum dos dois pode mudar o seu comportamento para satisfazer as necessidades do outro, reconheçamos que temos um conflito que requer uma solução. Ponhamos todo o nosso empenho em solucioná-lo sem requerer ao poder ou à autoridade para vencer ao custo de uma derrota para o outro.

Eu respeito as tuas necessidades, mas também as minhas. Esforcê-mo-nos sempre por encontrar uma solução que seja aceitável para ambos. Ambos ganharemos e nenhum sairá derrotado.

Deste modo, tu poderás continuar a procurar a tua satisfação e eu a minha. A nossa relação poderá ser construtiva e cada um se esforçará por conseguir aquilo de que é capaz. Assim, consolidaremos uma relação baseada na tolerância, na amizade e na serenidade.»

Thomas Gordon

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