Tenho uma colegas que tecla no computador tal como se estivesse a usar uma máquina de escrever com teclas de ferro e, como se não bastasse, usa pulseiras que fazem um chinfrim que tiram a paciência a um Santo. No meio de tanto silêncio (claro que a maior parte do pessoal está de ponte) só se ouve o chocalho e o martelar. Possa, que há pessoas que fazem mesmo má vizinhança.
segunda-feira, 31 de outubro de 2011
A hora muda, escurece mais cedo, já se sente (um bocadinho) de frio. São motivos para acender as velas. Quer eu, quer o R. adoramos velas e o ambiente que criam. Ontem, depois de todas acessas, contamos 41 velas. Pelo andar da carruagem o que vou poupar na factura da luz reverte para a compra de velas.
Não sou computador-dependente. Passo um fim-de-semana inteirinho sem me chegar perto do bicho. A dependência é mesmo nos dias úteis e muito devido ao trabalho. Já com os livros, a coisa muda de figura: qual computador, qual televisão, qual quê? Nada me faz afastar das páginas do livro do momento. E tem mesmo que ser livro. Nada de modernices de livros virtuais que isso a mim não me convence. Gosto do cheiro dos livros, de passar cada página, da textura, das letras impressas, dos marcadores. Um livro é um livro como sempre foi e como sempre será.
sexta-feira, 28 de outubro de 2011
Estou de rastos.
Foi uma semana um bocado dura: fartei-me de trabalhar, tive reuniões, dei uma aula de GRH, tive o jantar de aniversário do meu mano, fui ao Porto fazer uma apresentação, além das tarefas domesticas inerentes a uma fada do lar.
Estou desejosa que soe o gongo das 5 para me pirar daqui para fora porque ainda quero deixar organizado um almoço que tenho amanhã.
quarta-feira, 26 de outubro de 2011
Sushi Café
Recomendo. Mesmo para quem não gosta de sushi (como é o meu caso) vale a pena porque tem outros pratos (o bacalhau negro é divinal).
Um bocado carote mas se for com boa companhia o custo é aliviado pelo ambiente e pela ocasião.
Nada de ingerir o comprimido embalado que colocam na mesa logo no início. Na dúvida, perguntem ao empregado o que fazer ao comprido :) logo descobrem.
Eu fui com uma minha amiga/mana e foi fantástico.
O dinheiro dos outros
Caros amigos que me enviam e-mails a dar-me conhecimento dos vencimentos da malta do governo e afins,
Eu sei que são todos uns gatunos, que se enchem à fartazana enquanto o Zé povinho anda a fazer contas à vida por causa da crise, mas não vale a pena partilhar comigo os €uros que os outros juntam às suas poupanças, porque eles não dividem nada comigo. Eu só posso contar com aquilo que recebo no final do mês com o salário fruto do meu trabalho e não me governo com o dinheiro dos outros, por isso estou-me nas tintas para aquilo que eles ganham. Ok?
Agradecida.
sexta-feira, 21 de outubro de 2011
Quando vamos ao médico queixar-nos de uma unha encravada que seja, eles teimam em encontrar sempre mais qualquer coisinha. A partir daí nunca mais deixamos de ir ao médico.
Com os carros acontece o mesmo, vamos à oficina porque ouvimos um barulho estranho quando travamos e dizem logo que andamos sem as 4 pastilhas de travão e que os pneus estão tão carecas que já têm a rede à mostra. O que eu estranhei é que o carro acende luzes de aviso para uma data de merdices e com estes sintomas nunca se queixou.
Ainda bem que o carro nunca deixou de travar nem nunca rebentou nenhum pneu. Sou uma sortuda.
quinta-feira, 20 de outubro de 2011
quarta-feira, 19 de outubro de 2011
terça-feira, 18 de outubro de 2011
segunda-feira, 17 de outubro de 2011
CV's
Cada vez recebo mais CV's para funções que nada têm a ver com a actividade da empresa: cozinheira, canalizador e servente de pedreiro não têm saída numa empresa de consultadoria. Compreendo que as pessoas comecem a disparar em todos os sentidos, tal é o desespero dos desempregados.
Orgulho-me de dar resposta a todos os CV's que chegam, mesmo aqueles que não se enquadram. Não custa nada, são poucos minutos despendidos e quem procura emprego sabe que pelo menos vimos a candidatura.
Para quem envia CV's, por favor, atenção às fotos que coloca: fotografias de meninas com ar sensual cuja mensagem parece ser "faço todo o tipo de serviços". Tenham dó. É preferível não colocar foto, sim?
domingo, 16 de outubro de 2011
(...) Queriam ser reis, czares, tantas coisas, e rodeavam-se de pequenos
corvos, palradores e reverentes, dos que repetem: és grande, ninguém te iguala,
ninguém.
Repartiam entre si os tesouros e as dádivas, murmurando forjadas
confidências, não amando ninguém, nada respeitando (…)
Banqueteavam-se com a pequenez de tudo quanto julgavam ser grande, com os
quadros, com o fulgor novo-rico das vénias e protocolos. Vinha a morte e
mostrava-lhes como tudo é fugaz quando, humanamente, se está de passagem, corpo
em trânsito para lado nenhum.
Acabaram sempre a chorar sobre a miséria dos seus títulos afundados na terra
lamacenta.
José Jorge Letria, “Meditação sobre os poderes”
Expresso, 15 de Outubro de 2011
sexta-feira, 14 de outubro de 2011
Calor
Eu até gosto de calor, mas confesso que já estou um bocadinho farta deste calor fora de época.
Sei que não tarda nada vou-me andar a queixar com o frio e com a chuva e a desejar que o Verão venha rápido, mas cada coisa a seu tempo, e agora devia ser o tempo do cheiro das castanhas assadas nos aquecer a alma.
quinta-feira, 13 de outubro de 2011
Aquário do terror
Não sei o que se passa, mas que algo se passa, ai isso passa.
Ontem fui comprar mais peixes. No final do dia já estavam instalados mais 4 peixinhos amorosos no nosso aquário que se juntaram aos 2 sobreviventes da tragédia de ontem.
Hoje de manhã estavam os 6 peixes sem sopro de vida, assim mortinhos.
Nem queria acreditar. O que se passará naquele aquário tão giro e que se tornou a casa do terror para pequenos seres indefesos?
quarta-feira, 12 de outubro de 2011
Bela caca
Desde Segunda-feira que esta coisa quase não funciona. Dizem que são problemas nos serviços.
Eu por mim estou pronta a rifá-lo (até porque nunca gostei muito dele).
Nadando para o céu
Não foi um, nem dois, nem três... foram cinco peixes que hoje morreram no nosso aquário.
Andou para aí uma asa negra qualquer a pescar almas de peixinho e deve ter achado os nossos deliciosos.
Vade retro...
Andou para aí uma asa negra qualquer a pescar almas de peixinho e deve ter achado os nossos deliciosos.
Vade retro...
Todos os dias faço uma lista das coisas que quero deixar concluídas no final do dia. Invariavelmente fico frustrada porque não consigo riscar nem metade. No dia seguinte além do que ficou pendente há sempre novas acções para incluir, o que faz aumentar o tamanho da lista e diminuir a minha motivação.
terça-feira, 11 de outubro de 2011
segunda-feira, 10 de outubro de 2011
Números e números e números....
Saio de casa e deixo a criança na escola. Paro na bomba de gasolina e antes de encher o depósito, anoto o número de kilómetros. O empregado passa o Galp Frota e eu digito o PIN. Aproveito o multibanco próximo e depois de colocar o PIN levanto dinheiro. Aproveito para fazer uma transferência bancária para o NIB que me deram para o efeito e pago a factura da luz e o telemóvel do miúdo utilizando a referência e o código das facturas.
Quando entro no carro, verifico que o telemóvel está desligado. Digito o respectivo PIN, e depois de este ser aprovado ligo para o número de telefone do escritório para avisar que vou chegar mais tarde. Depois de me livrar do engarrafamento para entrar na cidade, vou para a loja do cidadão renovar o meu cartão de cidadão. Esta inovação é fantástica: num único cartão temos o número de identificação, o número da segurança social, o número de contribuinte, o número de eleitor e o número do serviço nacional de saúde. Pena não ter o número da carta de condução.
Corro para o escritório mas antes ainda dou um pulinho ao banco, que é mesmo ali ao lado, para pedir um documento com o meu NIB para entregar no escritório.
Chego ao escritório, marco o código de acesso da porta da entrada e logo me dirijo para a minha secretária. Enfio o tal do NIB num envelope, e endereço-o ao departamento de RH com o meu número de empregada para que possa ser rapidamente identificada. Ligo o computador e aguardo que me peça a password. Mais tarde abro uma série de programas de que necessito e que consigo aceder, claro está, com uma chave de acesso para cada um deles. Ligo a internet e vou verificar se o meu filho comprou a senha para o almoço. Este link é fantástico, porque com um PIN consigo aceder a uma série de informação da escola do miúdo. Marco ainda o número de telefone da minha médica, e depois de dar o número de apólice à assistente lá marco uma consulta para o final do dia.
Trabalho o resto do dia e ainda aproveito para fazer as compras online utilizando o código de acesso que me deram e no final guardo o número da encomenda não vá alguma coisa dar para o torto.
Depois da médica, apanho o miúdo e entro finalmente em casa. A TV não dá nada e ligo para o número da assistência que atende com uma gravação a pedir para eu digitalizar o meu número de cliente. Aguardo e ao fim de um bom bocado lá consigo ter novamente TV.
A seguir ao jantar ainda aproveito para ver uns mails pessoais em várias inbox que vou mantendo, cada uma com uma password diferente.
Por fim, vou para a cama esgotada de tantos números, PIN’s, passwords e códigos.
Enfim, porque será que nos dão um nome se não passamos de números?
sexta-feira, 7 de outubro de 2011
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